24 de maio de 2013

Fraternidade: o tripé que desaba


Fincado na elite cultural europeia do século 18, o Iluminismo inaugurou a era da "luz", em contraposição à era das trevas, procurando estabilizar o poder da razão como modelo de reforma à sociedade e o conhecimento provindos da era medieval, época do despotismo e da opressão.

Contudo, o Iluminismo promoveu o intercâmbio intelectual contrário à intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. Com base nisso, fortaleceu-se a expressão máxima, formada pelo tripé “Liberdade – Igualdade – Fraternidade”, palavras que definem o pensamento revolucionário francês.

De lá pra cá, ou seja, desde o século 18, o mundo avançou bastante em termos de liberdade e igualdade, mas quase não avançou em termos de fraternidade. Os legisladores não são capazes de fazer leis sobre fraternidade. O mundo não consegue praticar fraternidade. Portanto, o tripé está desabando; a civilização atual está desabando.

Forma de denotar a dignidade dos homens, assegurando-lhes alguns direitos, entre eles os sociais, os políticos e também os individuais, a fraternidade é peça-chave à configuração do que conhecemos hoje como “cidadania”.
 

Carecemos, atualmente, de práticas que norteiam o rumo de nossos caminhos, necessariamente pautados na fé por um pensamento, uma ideologia ou religião. Seguidores que somos dos bons costumes, almejamos resgatar a fraternidade para que possamos, nos pilares básicos do conhecimento, propor à sociedade o resgate mínimo da paz e da dignidade, como homens inseridos num contexto político e econômico.
 

A fraternidade é a única solução para a atual desagregação da família, ausência de valores e causas que valham a pena, vazio e solidão, violência, drogas, etc. Não será por meio da política, nem da polícia, que a fraternidade será resgatada. Somente se encontrará a fraternidade no coração de cada um.

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