27 de março de 2010

Bancada oprimida engole o afogadilho.

A sessão da Câmara Legislativa de Sorocaba do dia 23 de Março ficará na história como um dia triste, indigno desse Poder e mais indigno ainda do valoroso povo que ela representa. Nessa data, a bancada oprimida rejeitou o Projeto de Resolução (nº 19/2009) de autoria de Crespo, que pretendia garantir (alteração no Regimento Interno) que todos os projetos de lei tivessem, durante as sessões extraordinárias, a mesma tramitação que eles têm nas sessões normais (ordinárias) - em termos de prazos e amadurecimento. Bancada oprimida são os colegas vereadores que reiteradamente cedem às ordens do Paço, para evitarem a aprovação de leis boas para o povo mas "incômodas" para alguns e até para reduzirem as prerrogativas dos mandatos legislativos, tudo em nome da "governabilidade" (sinônimo de vergonha, submissão). Por que fazem isso? Alguns em troca de interesses menores (cargos e vantagens), outros por explícita bajulação. E la nave vá. Entretanto, as pessoas estão ficando tão "cheias" da politicagem nacional, que (finalmente) passam a prestar mais atenção ao que acontece ao seu redor: em Sorocaba a audiência da TV Legislativa (só falta acharem um pretexto para tirá-la do ar!) está aumentando a cada dia. E esse povo, bobo não é: está acordando. Sem o PR 19/2009, as Sessões Extraordinárias continuarão servindo para aprovar matérias de "supetão", no afogadilho, na calada da noite, sem maiores discussões, com "regimes de urgência" fabricados e provocados. Para alguns políticos, a Democracia "dá trabalho" ou "causa problemas"; melhor manipular esse povo, fazendo as coisas bem depressa, para que ele não tenha tempo de pensar ou - pior ainda - se mobilizar. Alguém duvida? Então sintonize a TV Legislativa na próxima 3a. feira à tarde, a partir das 13 horas: o prefeito exigiu e a Câmara vai aprovar "no tapetão", com os votos da bancada oprimida, o desaparecimento do tradicional Feirão do Mangal. Crespo vai pedir mais tempo, vai pedir Audiência Pública, mas: vai ficar falando sozinho. Sozinho, mas ao lado do povo e com a consciência tranquila.

Crespo tem compromisso com a ASAC

Nesta semana, Crespo esteve novamente em visita à ASAC - Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais, situada na Rua Sete de Setembro. Foi recepcionado pelo presidente Alberto Streb, por funcionários e voluntários dessa antiga e atuante ONG que tem promovido e ajudado centenas de pessoas portadoras de deficiências visuais graves. O trabalho da ASAC não é médico ou terapêutico, embora ela encaminhe muitos casos para o BOS - Hospital Oftalmológico de Sorocaba e outras instituições de saúde. A ASAC atua na acolhida permanente dos cegos, fazendo o equilíbrio emocional, psicológico, o soerguimento da auto-estima, a reabilitação funcional, o treinamento e a colocação profissional desses nossos irmãos. Aquele abençoado local é também uma 2a. casa, um centro cultural e de integração social para os cegos. Crespo presenciou todas essas atividades durante a visita dele, inclusive um animado torneio de dominó entre os assistidos. Crespo viu também, com muita emoção, aulas de informática para crianças cegas, inclusive impressoras em braille e conheceu a extensa Biblioteca braille da associação. A ASAC, apesar desse maravilhoso trabalho, padede a falta de mais recursos para expandir suas atividades. Todos os que possam ajudar estão sendo convocados (que tal você, amigo internauta, simplesmente aparecer lá para visitar, "sentir na pele" aquele trabalho? - vale a pena). Crespo, há muitos anos, é colaborador pessoal e todos os meses contribui com a ASAC; além disso, tanto como Deputado estadual como atualmente como Vereador, tem conseguido verbas públicas para ela. "Todos os irmãos deficientes devem estar em primeiro lugar, na escala social de prioridades, mas o deficiente visual é, entre todos, o mais delicado" - afirma Crespo. E existe um problema, uma injustiça, que é perpetrada pelo INSS contra os deficientes em geral, e que nenhum deputado federal da nossa cidade está trabalhando para resolver: quando uma entidade como a ASAC consegue um emprego, com carteira assinada (telemarketing, por exemplo) para um cego, para ser efetivado o INSS exige que ele abra mão da (pequena) pensão como deficiente - recusando-se a admitir que o deficiente empregado ainda continua sendo um deficiente.

Crespo apóia a Grande Sacada

Na 6a. feira dia 26 de Março, à tarde, Crespo foi convidado pelo conhecido professor Hélio Ferreira (homônimo do saudoso Engº Hélio Ferreira, também tenista), o "Helinho", para estar na abertura do projeto social "Grande Sacada", que aconteceu no Tênis Clube Sorocaba, na Rua JJ Lacerda. Esse magnífico projeto vai assitir centenas de jovens na convivência social e na promoção humana, a partir da prática do tênis. Diretores de muitas empresas de Sorocaba, que estão patrocinando esse projeto, estavam presentes. O fabuloso tenista do ranking internacional, e brasileiro, Fernando Meligeni (foto), lá estava prestigiando o evento e incentivando o público jovem, sendo que depois até jogou algumas partidas, amistosamente. O deputado Edson Giriboni, de Itapetininga, colega ferroviário e amigo pessoal de Crespo, veio de longe para prestigiar o projeto. Crespo esteve acompanhado de um dos seus coordenadores políticos, o empresário Edson de Lima. Embora a Prefeitura de Sorocaba fosse também colaboradora do evento, infelizmente o prefeito Vitor Lippi não compareceu, não mandou representante nem justificou essas ausências. Outro amigo (e professor de tênis) de Crespo, o popular Neto Saliola, lá esteve também e desafiou Crespo a voltar a jogar tênis, que aceitou o desafio.

24 de março de 2010

Acabar com o Feirão é mau.

Está na ordem-do-dia da sessão legislativa de amanhã dia 25 de Março, o projeto-de-lei 98/2010 de autoria do senhor prefeito Vitor Lippi, solicitando autorização dos vereadores para que a Prefeitura doe todo o "Feirão do Mangal", ao longo da Rua José Miguel, para o SESI - Serviço Social da Indústria. O SESI, realmente, é uma instituição modelar que muitos benefícios tem trazido, desde 1946, para o Brasil e especialmente para as cidades industriais, como Sorocaba. Quando o CAT - Centro de Atividades para o Trabalhador, foi construído, nos anos sessenta, na confluência das Ruas Gustavo Teixeira com a Duque de Caxias, por José Crespo Gonzales e Armando Pannunzio, isso representou uma grande conquista para Sorocaba. O "Feirão dos Produtores" foi criado ao lado desse CAT, ocupando uma área enorme, que depois foi parcialmente doada para que o SESI construísse, numa ampliação, uma Creche. Mas a área que "sobrou" continuou sendo suficiente para as atividades dos Produtores (aos sábados), e aos domingos passou a abrigar o Feirão dos Automóveis, administrado pelos Rotary Clubes da cidade. E durante os dias da semana, as moto-escolas utilizam e espaço para o treinamento dos novos pilotos. Essas são as ocupações permanentes, mas esporadicamente aquele nobre espaço é requisitado e emprestado para outros tipos de eventos, de interesse público. Agora, na "calada da noite", sem aviso prévio e muito menos audiências ou diálogo com a comunidade, nem mesmo com os grupos que utilizam e necessitam daquele espaço, o prefeito enviou o malfadado PL 98 à Câmara, na esperança que uma bancada adesista o aprovasse "batido". Mas isso não está acontecendo, graças aos Rotary Clubes, que reagiram prontamente e estiveram na sessão da Câmara em 23 de Março, ocupando a Tribuna para reclamar esse desrespeito, o que fez eco em quase todos os vereadores. De pronto, ao microfone, Crespo também manifestou a sua indignação e mais do que isso, solicitou ao líder do prefeito, o vereador Paulo Mendes, que retire da pauta esse projeto e somente o recoloque se e quando houver um consenso da prefeitura com todos os grupos de usuários do local; nesse caso, o ponto é "se não for ali, para onde irão essas atividades, em lugar próximo e equivalente?" Crespo estudou melhor esse assunto nos últimos dias e deseja agora, e durante a sessão de amanhã, tecer os seguintes comentários: a) Não há lugar próximo e equivalente para acomodar as atividades que hoje ocorrem no Feirão; b) Já que o SESI pretende investir dinheiro e ampliar suas instalações em Sorocaba, o que é ótimo e louvável, e portanto está pedindo um terreno próximo ao CAT, devemos apoiar e colaborar com isso; c) Existem dois terrenos particulares, mais próximos do CAT, um deles contíguo, que se desapropriados pela Prefeitura, representarão uma área equivalente à do Feirão: um deles na Rua Barão de Cotegipe e o outro na esquina da Rua Duque de Caxias com a Rua José Miguel. São latifúndios urbanos sem aproveitamento social, criando mato, lixo e bichos contra a vizinhança; d) Dentro das atuais instalações do CAT, existem duas áreas ociosas que podem ser aproveitadas no projeto físico e urbanístico para acrescentar solo útil: o estacionamento de veículos (que pode ser subterrâneo) e as antigas quadras descobertas de esportes (que foram destruídas e o solo está nu); e) O Feirão do Mangal foi recapeado e "revitalizado" recentemente, o que significa que esse investimento (do contribuinte municipal) será perdido, pois tudo vai ser arrancado para as construções do SESI; f) Uma construção do SESI no Feirão, considerando a existência da Creche, será uma descontinuidade física bem maior do que solução defendida agora por Crespo, na letra "c" acima. Diante disso, concluímos facilmente que a única vantagem da Prefeitura doar o Feirão e não desapropriar os terrenos alternativos, é que de imediato ela nada gastará - mas essa "vantagem" é ridicula diante do bom orçamento (mais de Bilhão) que Sorocaba tem, e do perpétuo prejuízo social de perdermos aquela rara (e tradicional) área de eventos comunitários. "Essas alternativas estão lá, na cara de qualquer um que passe pelas ruas vizinhas ao SESI; é alarmante o descaso e a negligência das assessorias que levam o prefeito a propor algo tão nefasto para a cidade, e de uma forma tão anti-democrática", afirma Crespo.

SAAE de Sorocaba calcula errado.

Nestes últimos dias, veio à tona a notícia de que o SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto, de Sorocaba, pretende aumentar o valor da tarifa cobrada dos consumidores. As declarações foram dadas por Geraldo Caiuby, o diretor-geral dessa autarquia, com a presunção de que alguém tão qualificado jamais viria a público para lançar um "factóide", um "balão de ensaio", no sentido de "soltar o bode na sala" ou seja, amedrontar a população para depois, vir "salvá-la" (de si mesmo) com um valor menor - mesmo que ainda exorbitante. Mas infelizmente é o que está acontecendo; vejamos: Inicialmente Caiuby informou que o custo seria de R$5,00 (cinco reais) por unidade familiar, o que provocou reações contrárias e até indignadas, principalmente na Casa Legislativa, em razão (mais uma vez) de um anúncio súbito, sem maiores explicações, violando os princípios da transparência e do respeito públicos. No mesmo dia, Caiuby recuou, alegando que o SAAE "havia errado nos cálculos" (!), e o valor não seria aquele (R$5,00), mas sim R$0,32 por residência/mês - mas alertou: essa "bagatela" será apenas para 2010, pois a partir de 2011 esse preço vai subir a cada ano. Quem terá sido o calculista que "errou" e fez o Diretor-geral passar essa vergonha? Ninguém saberá. Mas o pior ainda está por vir: demonstraremos que esse valor de R$0,32 também não é consistente. A cobrança pela água "in natura" (sem tratamento) é um assunto polêmico, que ocupou anos e anos de discussão, sobretudo na Assembléia Legislativa estadual, até que em 29 de dezembro de 2005 (Crespo estava lá) foi aprovada a Lei 12.183, depois regulamentada pelo Decreto 50.667/06. A conclusão ética foi que, embora a água seja uma dádiva (gratuita) de Deus e da Natureza, é um bem escasso no mundo (embora no Brasil ainda seja abundante, a ponto de sermos o país campeão em desperdício) e a única forma eficaz de racionalizar o consumo seria cobrar - não pelo tratamento, pois isso já se cobra - mas pela captação de onde quer que seja (córregos, poços e até águas de chuva). O deputado José Crespo tentou, através de emenda, liberar o "utilizador" e taxar apenas o efetivo "consumidor" da água, mas o rolo compressor do governo, sempre ganancioso por cobrar impostos, não concordou. Na proposta de Crespo, "utilizador" somos a maioria de nós, que recebemos água limpa e embora a "sujemos" - no banheiro, na cozinha e nas outras aplicações, não a consumimos, no sentido de fazê-la desaparecer ou auferindo lucro com ela; esse é o caso, por exemplo, da indústria de bebidas, que capta água, a transforma em cerveja, refrigerantes, etc e vende isso com grandes lucros. Mas vejam todos que "interessante": a Lei estadual, vigente, 12.183, estabelece com toda a clareza os seguintes pontos: a) o valor máximo de cobrança é 0,001078 Ufesp por metro cúbico de água; como atualmente o valor da Ufesp é R$16,42, isso significa que o valor máximo que pode ser cobrado é 0,001078 x 16,42 = R$0,0177 ou seja 1,7 centavo por m3 (Art. 12); b) moradores de bairros em zona rural são isentos de qualquer pagamento (Art. 5º, § 1º); c) consumidores de baixa renda são isentos de qualquer pagamento (Art. 5º, § 2º); d) pequenos produtores rurais são isentos de qualquer pagamento (Art. 5º, § 4º); e) qualquer cobrança dessa taxa pela água "in natura" somente pode acontecer se os recursos amealhados tiverem aplicação bem definida e transparecida à população pagante pelo respectivo Comitê de Bacia (Art. 2º). Conclusão: infelizmente, o Diretor-geral Caiuby ainda não fez a conta certa; será necessário o SAAE contratar um matemático ao seu quadro funcional? Primeiro, por que o valor a ser cobrado não poderá ser fixo, mas sim proporcional ao volume consumido. Então não será R$0,32 nem outro valor fixo. O consumidor até 10 m3 nada pagará, pois esse é o limite de "baixa renda"; acima de 10 m3 pagará apenas (no máximo) R$0,0177 por m3 - por exemplo, quem consome 15 m3 por mês, pagará (por mês) 15 x R$0,0177 = R$0,26 ou seja, 26 centavos. A partir de 2010, o SAAE terá a obrigação de pagar ao Comitê de Bacias toda a água que ele capta "in natura". Mas ainda cabem dois comentários: 1. A lei não obriga o SAAE a repassar essa nova taxa ao consumidor, o munícipe; o Orçamento municipal, como um todo, pode subsidiar isso; 2. Uma provável explicação da "matemática errada" do SAAE é que ele está tentando fazer o rateio de toda a água que capta e pela qual terá que pagar ao Comitê, no conjunto de todos os munícipes, mas "esquecendo" que o SAAE desperdiça em vazamentos na sua rede (tubulações e equipamentos) nada menos do que 20% do volume captado. Ou seja, nos R$0,32 Caiuby, muito "espertamente", está tentando fazer com que o povo consumidor pague também pela inépcia da autarquia, que não elimina tais vazamentos. "É facil administrar com os cofres cheios, à custa do povo; administrar com seriedade e transparência exige mais, porém é exatamente isso que Sorocaba espera (sentada?) do prefeito Vitor Lippi e dos seus homens de confiança" - afirma Crespo.

19 de março de 2010

Fabrício ganhou um novo Futuro !

Nesta 2a. feira passada, Fabrício foi atendido no BOS - Hospital Oftalmológico de Sorocaba e tirou as medidas para a prótese que seria implantada na sua cavidade ocular direita.
Foi agendado o centro cirúrgico para a 4a. feira dia 17 de Março.
Na 3a. feira, Fabrício e sua avó Dona Rosa, foram levados para passear no Zoológico, e ele se divertiu bastante.
As fotos acima mostram o excelente trabalho dos médicos do BOS, ainda na mesa do centro cirúrgico, logo após o implante da prótese (que nem parece prótese), e depois Fabrício no colo da avó, já com o tampão protetor que será usado nos próximos dias.
Ainda na 4a. feira, à tarde, liberado pelos médicos, Fabrício e Dona Rosa foram levados para sua residência, em Taiaçu.
Como esse atendimento não pôde ser feito pelo SUS, pelo motivo de Fabrício não ser residente em Sorocaba, houve custos financeiros.
Mas tudo já foi pago, incluindo o hospital, o transporte, a estadia e a alimentação, com as doações que muitas pessoas fizeram, a maioria delas de internautas e a partir deste Blog.
Neste momento, Crespo agradece a todos os que colaboraram, num testemunho de solidariedade e prática dos ensinamentos cristãos.
Para Fabrício, mais do que um novo ôlho, foi a oportunidade de um novo Futuro.
Sorocaba fez Diferença!
Somos maiores pelo que conseguimos repartir.

17 de março de 2010

A LOM (Lei Orgânica) de Sorocaba será mantida.

Em razão das preocupações levantadas nas últimas semanas ao PELOM (Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal) nº 10/2009, sobretudo pelo Sindicato dos Servidores Municipais, Crespo pediu que esse Projeto seja arquivado, votação que deverá acontecer amanhã dia 18 de Março. Esse PELOM representa uma corrente nacional no sentido de as Constituições todas (a Federal, as Estaduais e as Municipais) sejam alteradas para um texto menos pontual, ficando no plano das diretrizes institucionais. Observar que a LOM - Lei Orgânica, na verdade é a "Constituição Municipal". No ano passado essa proposta foi levantada no Congresso Estadual dos Municípios, e a CONAM (a empresa de consultoria há muitos anos contratada pela Prefeitura de Sorocaba) apresentou um texto-modelo. O vereador Hélio Godoy se entusiasmou e trouxe para a Câmara Legislativa de Sorocaba esse texto, que de fato é muito bom - enxuto e remissivo. Enxuto porque trata apenas das diretrizes institucionais (municipais) e Remissivo porque remete muitas disposições para as Constituições maiores (a Federal e a Estadual SP), como é mandatório. Notar bem: nenhum interesse social ou setorial seria prejudicado com a aprovação dessa proposta (o PELOM), muito menos as conquistas, direitos e garantias dos funcionários públicos; na dúvida, tudo o que não ficasse explicitado e exaurido na LOM, poderia ser incorporado à legislação ordinária. Mas sempre existem pessoas, que por uma natural "desconfiança", ficam inseguras com o que possa estar "por trás" de qualquer mudança; outras pessoas, talvez com o mesmo sentimento, gostariam que toda a legislação ordinária fosse incorporada nas Constituições. "Isso é compreensível, e tem que ser considerado", afirmou Crespo quando apresentou, ainda na 2a. feira dia 15, o pedido de Arquivamento do PELOM 10/09. "As reações - legítimas - mostraram que a Sociedade ainda não está preparada para essa mudança; no futuro, haverá momento mais conveniente e oportuno para esse processo. Ou quem sabe, o enxugamento deva começar por cima (no Congresso Federal), com os reflexos estaduais e municipais", completou Crespo. Na verdade, a atual LOM de Sorocaba - embora pontual e alongada - ainda é muito boa; temos coisas mais importantes para fazer.

14 de março de 2010

Fabrício já está em Sorocaba.

O menino Fabrício já está em Sorocaba, descansando da viagem e aguardando o atendimento clínico que fará amanhã 2a. feira dia 15, no Hospital Oftalmológico (BOS).
Hoje à tarde Crespo vai levá-lo passear no parquinho de brinquedos do Shopping.
As pessoas que quiserem ajudar Fabrício de alguma forma, podem se manifestar através do endereço eletrônico jaccrespo@hotmail.com.

12 de março de 2010

Sorocaba fará diferença para Fabrício.

Neste Sábado dia 13 de Março, Crespo vai sair de madrugada, com destino ao município de TAIAÇU, que tem pouco mais de 6 mil habitantes e fica entre Jaboticabal e Bebedouro, a quase 400 quilômetros de Sorocaba. Crespo é uma pessoa religiosa, espiritualista, e acredita que nada acontece "por acaso". Nos últimos dias uma sucessão de fatos mostrou a ele uma missão que deveria cumprir. Um amigo morador da Capital telefonou pedindo ajuda para um menino de 5 anos, chamado Fabrício (Fabrício dos Santos Jácomo), cuja família é muito pobre. Meses atrás Fabrício brincava nas proximidades da sua casa, em Taiaçu, mas escorregou e caiu num arame, que rasgou o seu ôlho direito. Levado para o médico da cidade, este simplesmente aplicou colírio e dipirona (!). No dia seguinte o ôlho piorou, as dores aumentaram e Fabrício foi levado às pressas para o hospital mais próximo, em Bebedouro (80 mil habitantes); fizeram uma cirurgia, mas o ôlho não ficou bom e esses outros médicos demoraram 20 dias para reconhecer isso e enviar o menino para um hospital especializado, na Capital. Quando chegou a São Paulo, era tarde: o ôlho estava infeccionado e teve que ser retirado. Atualmente, segundo a avó dele, Dona Rosa (com quem Crespo falou por telefone), Fabrício está ainda com o "buraco", ainda cicatrizando, não usa tapa-ôlho e ameniza as dores com colírios. Ele precisa continuar o tratamento e colocar uma prótese (ôlho artificial), mas a família é pobre, não conhece o mundo além de Taiaçu e toda aquela região não tem um hospital especializado em oftalmologia. Mas Sorocaba tem. Foi por esse motivo que o amigo de Crespo, Felipe Spir, um pedreiro que constrói templos, telefonou pedindo ajuda. Crespo imediatamente falou com Pascoal Martinez e com Wlamyr Gusmão, diretores do Hospital de Olhos de Sorocaba, essa maravilhosa instituição beneficente que se transformou num dos melhores hospitais especializados do planeta e que tanto orgulho nos dá, os sorocabanos. Eles se prontificaram a receber Fabrício com urgência, fazer a avaliação clínica do caso dele e priorizar a implantação da prótese. Entretanto, a burocracia atacou: as regras do SUS - Sistema Único de Saúde, não permitem que o Hospital de Sorocaba atenda (gratuitamente) pacientes que não sejam moradores da Região. - Isso tem que ser mudado, no SUS, desabafa Crespo; que sentido tem impedir um brasileirinho de Taiaçu, com o ôlho vazado e extirpado, de ser atendido aqui, se na Região dele não existe um hospital digno como o nosso??? Mas pagando particular o Hospital de Sorocaba poderá atuar, independente do SUS, e é isso que Crespo resolveu fazer. Para não perder tempo e evitar que Fabrício sofra ainda mais, Crespo vai para Taiaçu amanhã e vai trazer Fabrício para Sorocaba, pois o Hospital garantiu o atendimento dele para esta 2a. feira dia 15, logo pela manhã. Crespo está colocando este assunto aqui no Blog por dois motivos: isto é um retrato de uma realidade triste deste querido Brasil: no Estado mais rico da federação ainda existe muita pobreza, ainda faltam hospitais, ainda falta competência administrativa; o ôlho deste menino poderia ter sido salvo, mas não foi. Depois, porque Crespo acredita que os amigos internautas possam se mobilizar, também, para ajudar Fabrício - com doações e até brinquedos, quem sabe. Sorocaba vai dar a Fabrício um ôlho novo, e amor-próprio, e um futuro. Essa ponte de Solidariedade estará, a partir de amanhã, encurtando a distância entre essas duas cidades. Deus seja louvado, por podermos todos nós, ajudarmos esse menino. O mundo continuará quase o mesmo - violento, corrupto, em desamor - mas para Fabrício, teremos feito muita diferença. Embora não pareça à primeira vista, Religião e Política - pelo menos a boa religião e a boa política - têm muito em comum: a chance de amarmos e ajudarmos o próximo, especialmente o próximo desconhecido. No retorno de Taiaçu traremos mais informações.

11 de março de 2010

Crespo se mobiliza em favor da INTEGRAR

Na tarde da 2a. feira dia 8 de Março, Crespo esteve na INTEGRAR - Instituição Terapêutica de Grupos de Habilitação e Reabilitação, situada na Av. Comendador Pereira Inácio 1991, ao lado do Clube do NAIS.
Atualmente são atendidas lá 88 crianças e jovens com diagnóstico de paralisia cerebral, que encontram na entidade, além de muito amor e carinho, uma oportunidade de reabilitação e convívio, a verdadeira inclusão social.
Os atendimentos clínicos compreendem Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Equoterapia e Estimulação Visual. Funcionam também salas de aula de 1a. à 4a. série, reconhecidas pelo MEC.
Mas tudo isso custa muito dinheiro, e a maioria das famílias dos assistidos não tem condições financeiras.
Crespo, quando deputado, conseguiu recursos do governo estadual para a INTEGRAR.
Agora, vai se mobilizar novamente para que essa extraordinária entidade não feche as suas portas.
A INTEGRAR é coisa nossa.

TV Legislativa da Capital entrevista Crespo

O Projeto de Lei 470/09, de autoria de Crespo, que proíbe a importação de lixo de outras cidades para Sorocaba, chamou a atenção da Câmara Municipal de São Paulo Capital.
Crespo foi convidado para uma entrevista e lá compareceu, no prédio do Legislativo paulistano, na 4a. feira dia 3 de Março.
Crespo explicou as razões desse projeto, que em poucas palavras são:
  • Cada município deve ser responsável pelo lixo que produz;
  • No tocante ao lixo industrial, quando uma empresa não consegue mais resolvê-lo na cidade onde está localizada, é hora de mudar-se daquela cidade, com seus tributos e empregos;
  • Enterrar lixo é processo ultrapassado; as cidades devem caminhar pela Reciclagem, Compostagem e Incineração.

Essa entrevista foi transmitida não apenas para a capital, mas também a todos os municípios do Estado que recebem o canal Legislativo (em Sorocaba, o canal 6 da Net).

10 de março de 2010

Celso Bersi depõe na CPI

Celso Bersi, um dos Diretores da URBES, havia sido convocado e depôs na CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal, na tarde de 3a. feira dia 9 de Março. O depoimento durou mais de três horas e transcorreu com serenidade, embora Celso tenha respondido que "não sabia" muitas perguntas (Celso está na URBES, em posições de vanguarda, desde 1984). O depoimento foi tomado sob Juramento Legal, o que significa que na eventualidade de serem constatadas inverdades ou contradições, o depoente (qualquer depoente de CPI) será processado criminalmente e até poderá ser preso. Curiosamente, quase todos os demais Diretores da empresa pública, inclusive o presidente Renato Gianolla, estiveram presentes nas galerias do Plenário, ouvindo o depoimento de Celso Bersi. Todos os trabalhos foram transmitidos pela TV Legislativa (canal 6 da Net Sorocaba) e também ao vivo pela Internet (http://www.camarasorocaba.sp.gov.br/). Crespo foi o vereador que mais perguntas formulou, chegando a 50. Como houve transparência total nos trabalhos, Crespo observou que a falta de muitas respostas, nesse primeiro depoimento, é natural (pegaram o depoente "de surpresa"), mas não será tolerada nos próximos depoimentos, pois os convocados terão que se preparar e possíveis respostas "não sei" serão consideradas falta de competência para o exercício do cargo de Diretoria. Uma CPI, segundo a Legislação, tem poderes extraordinários e deve utilizar métodos de investigação policial e judicial. Ao seu final, que ocorrerá no mês de Junho, um relatório será aprovado e remetido para: o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o Prefeito, a fim de que essas autoridades, após as devidas análises, tomem as providências cabíveis de suas alçadas. O próximo depoente, na 3a. feira dia 16 de Março (14 horas, Plenário da Câmara), será Roberto Bataglini (também Diretor da URBES); depois dele, já estão convocadas Giovana Bianchini, Lúcia Graziozi e Renato Gianolla. A chance de qualquer CPI descobrir a Verdade é: a) o método em busca de inverdades e contradições, sob Juramento; b) denúncias (até anônimas) que possam acuar os depoentes (sob o risco do Juramento). Nesse sentido, em favor da população de Sorocaba e em especial em defesa dos usuários do Sistema de ônibus, Crespo abre neste momento um "Navegue-Denúncia" livre, que poderá ser utilizado pelos internautas em geral, sem precisarem se identificar, trazendo informações que possam auxiliar os trabalhos da CPI. Isso poderá ser feito abertamente neste Blog ou através do e-mail pessoal de Crespo: jaccrespo@hotmail.com . Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

7 de março de 2010

Começam os depoimentos na CPI dos Transportes

Na 3a. feira dia 9 de Março e nas próximas terças-feiras à tarde, a partir das 14 horas e até a hora em que for necessário, acontecerão os depoimentos e debates da CPI dos Transportes, criada pela Câmara Legislativa de Sorocaba para averiguar as Irregularidades que têm ocorrido, nos últimos anos, no Sistema Público de Transporte Coletivo. O Requerimento de aprovação da CPI, corajosamente assinado por Anselmo Rolim Neto, Antonio Carlos Silvano, Carlos Cezar da Silva, Francisco França da Silva, Gervino Gonçalves, Irineu Donizeti Toledo, Izídio de Brito Correia e Mário Marte Marinho Júnior, além de Crespo, estabeleceu que o foco dos trabalhos será:
  • a Intervenção na TCS
  • a contratação Emergencial de empresas operadoras
  • a nova Licitação para substituir a TCS
  • a Inadimplência da URBES no pagamento de tributos
  • os Custos administrativos da URBES
  • o Desequilíbrio financeiro do Sistema
  • a Obsolescência da frota
  • a Isonomia entre as empresas operadoras
  • a Qualidade do servico diante do usuário
  • a Economicidade dos combustíveis
  • o Plano Diretor de Transportes
  • a Evasão de receitas do Sistema
  • a expansão dos Mini-terminais
  • a construção de Corredores especiais para o transporte coletivo
  • a Fiscalização do serviço
  • a Modernização do Sistema
  • A população poderá participar da CPI de várias formas: poderá estar presente fisicamente, nas galerias da Câmara e poderá assistir ou pela TV Legislativa (canal 6 da Net Sorocaba) ou pela Web (http://www.camarasorocaba.sp.gov.br/).

    As manifestações ao microfone serão somente dos vereadores e depoentes, mas Crespo poderá levar perguntas dos internautas, através do e-mail jaccrespo@hotmail.com

    Na 3a. feira dia 9 estão convocados os Diretores da URBES Roberto Bataglini e Celso Bersi; no dia 16 de Março, as Diretoras Giovanna Bianchini e Lúcia Graziozi, e no dia 23 de Março, o Presidente Renato Gianolla.

    Todos eles prestarão seus depoimentos sob Juramento legal de responder a Verdade, somente a Verdade, nada mais do que a Verdade.

    Usuário de ônibus continuará prejudicado.

    Na sessão da Câmara Legislativa de Sorocaba, no dia 2 de Março de 2010, o Projeto de Lei 474/09, de Crespo, foi rejeitado pela "bancada do Paço", como são conhecidos os vereadores que sistematicamente votam de acordo com os interesses do Prefeito. "Foi lamentável e incoerente", desabafou Crespo logo após aquela votação. Lamentável porque qualquer bom entendedor sabe que o sistema de transporte coletivo de Sorocaba, por falta de vontade política dos últimos prefeitos e falta de competência da empresa gestora, a Urbes, está completamente desequilibrado: a tarifa é cada vez mais cara, a qualidade do serviço cai a cada dia, o número de passageiros vem diminuindo (a população aumenta, mas quem pode fugir desse sistema comprando moto ou até bicicleta, foge - ou passa a andar a pé) e a Prefeitura toda a hora tem que "apagar o incêndio" ou melhor, cobrir o "rombo" financeiro do caixa-único. Solução existe e já deveria ter sido executada há vários anos: a Prefeitura pagar (do Orçamento municipal) todas as Gratuidades e os Descontos que ela inventa, ou seja, que não são do interesse direto do Usuário. Se isso fosse feito, a tarifa popular (passe social) em Sorocaba, poderia custar R$1,50 - com maior Qualidade (mais linhas, mais horários e mais conforto). Vejam alguns exemplos de Gratuidades e Descontos existentes: Gratuidades: a) o passe-livre dos idosos, aqui em Sorocaba ainda mais cedo (60 anos) do que no resto do país (65); b) o passe-livre dos policiais, carteiros, oficiais de justiça e membros do sindicato dos condutores; c) o passe-livre e o transporte especial para pessoas portadoras de deficiências. Descontos: d) o passe social; e) o passe estudante; f) o passe reduzido aos domingos. Crespo é a favor de todas essas Gratuidades e Descontos - mas afirma que o custo delas não deve ser jogado nas costas do usuário, e sim pago pelo Orçamento municipal. "Não existe nada grátis; quando alguém não paga, é porque outro alguém está pagando pelo primeiro. É uma escancarada Demagogia a Prefeitura criar gratuidades e descontos e enviar essas contas para o usuário (e não ela) pagar" - afirma Crespo. Se a Prefeitura pagasse a parte dela e o preço do passe social diminuisse, então muito mais gente utilizaria os ônibus, fortalecendo o Sistema. Infelizmente o prefeito Vitor Lippi não consegue entender isso, e a Urbes, que entende, está acomodada. A Incoerência é que foi o próprio prefeito quem mandou para a Câmara e aprovou, em Dezembro de 2009, o projeto de lei 509 que transformou-se na atual Lei 9.018, estabelecendo que "os repasses para custeio de gratuidades e programas especiais serão feitos" ... mas sem definir como, quanto e quando. Esses "como, quanto e quando" foram exatamente as definições tentadas por Crespo, agora, com o Projeto 474. Mas o prefeito operou nos bastidores e os vereadores seus "aliados", com a habitual submissão, rejeitaram equilibrar o Sistema e favorecer o povo usuário do transporte coletivo. Crespo encarou isso com tristeza, mas também com a serenidade do dever cumprido. O embate pelo Equilíbrio do Sistema vai agora para a CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito.