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Farroupilha 2013
Mais um Carnaval se passou e a lição que fica é a mesma de
sempre: os jovens de hoje extrapolam os limites de educação, de bom senso, de
inocência, e promovem amargos excessos combatidos pela sociedade, pelas
famílias, pela opinião pública. E nada tem sido feito para mudar tais abusos.
Na terça-feira (12), o Bloco do Cocó, tradicional nas ruas
sorocabanas, deixou de desfilar por causa de cenas, estampadas pelos veículos
de comunicação locais, que mostraram jovens caídos nas ruas do Campolim,
embriagados pelo álcool e entorpecidos por drogas baratas. Uma triste situação promovida
por uma juventude perdida, transviada, massacrada pelo consumismo absurdo,
envolvida pela insensatez e acomodada num vazio espiritual.
Tal vórtice, arraigado na falta de diálogo familiar e interesse
paternal, tem levado nossas crianças a fugir da realidade, camuflando obrigações
e deveres, que, decorrente, deturpam qualidades, focadas, apenas, no imediatismo
do prazer, da euforia e da satisfação momentânea. É preciso mostrar o quanto
esse tenebroso equívoco é prejudicial à vida e ao futuro delas.
Educar nos tempos de hoje não é uma tarefa fácil; no
entanto, não podemos simplesmente ‘lavar as mãos’ e fazer de conta que nada de
ruim tem acontecido. É preciso arregaçar as mangas e lutar: brigar por
educação, buscar o diálogo e mostrar que os erros cometidos são conseqüências
da falta de estrutura da família, da falta de amor. É necessário romper
amizades e interesses escusos que promovem a promiscuidade e geram uma falsa
felicidade.
Nesse sentido, o Poder Público tem o dever de atuar, com
políticas voltadas à promoção social, incluindo programas familiares, de lazer,
recreação e prevenção, proliferando, na informação, inferências que tais
excessos acarretam. De nada adiantará a igreja fazer seu papel, se os próprios
pais, e aí eu cito a imprensa, deixarem de lutar para reverter a questão. Nós
sabemos que ele existe. Mas e aí?
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