14 de fevereiro de 2013

Farroupilha 2013


Mais um Carnaval se passou e a lição que fica é a mesma de sempre: os jovens de hoje extrapolam os limites de educação, de bom senso, de inocência, e promovem amargos excessos combatidos pela sociedade, pelas famílias, pela opinião pública. E nada tem sido feito para mudar tais abusos.

Na terça-feira (12), o Bloco do Cocó, tradicional nas ruas sorocabanas, deixou de desfilar por causa de cenas, estampadas pelos veículos de comunicação locais, que mostraram jovens caídos nas ruas do Campolim, embriagados pelo álcool e entorpecidos por drogas baratas. Uma triste situação promovida por uma juventude perdida, transviada, massacrada pelo consumismo absurdo, envolvida pela insensatez e acomodada num vazio espiritual.

Tal vórtice, arraigado na falta de diálogo familiar e interesse paternal, tem levado nossas crianças a fugir da realidade, camuflando obrigações e deveres, que, decorrente, deturpam qualidades, focadas, apenas, no imediatismo do prazer, da euforia e da satisfação momentânea. É preciso mostrar o quanto esse tenebroso equívoco é prejudicial à vida e ao futuro delas.

Educar nos tempos de hoje não é uma tarefa fácil; no entanto, não podemos simplesmente ‘lavar as mãos’ e fazer de conta que nada de ruim tem acontecido. É preciso arregaçar as mangas e lutar: brigar por educação, buscar o diálogo e mostrar que os erros cometidos são conseqüências da falta de estrutura da família, da falta de amor. É necessário romper amizades e interesses escusos que promovem a promiscuidade e geram uma falsa felicidade.

Nesse sentido, o Poder Público tem o dever de atuar, com políticas voltadas à promoção social, incluindo programas familiares, de lazer, recreação e prevenção, proliferando, na informação, inferências que tais excessos acarretam. De nada adiantará a igreja fazer seu papel, se os próprios pais, e aí eu cito a imprensa, deixarem de lutar para reverter a questão. Nós sabemos que ele existe. Mas e aí?

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