4 de dezembro de 2015
CPI contra a Reorganização Escolar 2016 comemora o recuo do Governador
A CPI contra a Reorganização Escolar 2016, composta pelos vereadores de Sorocaba, comemorou o recuo do Governador depois do recrudescimento dos conflitos nas ruas e ocupações das escolas, além de crescentes derrotas diante do Ministério Público e do Judiciário, e do repúdio popular, medido em pesquisas de opinião, contra Alckmin.
O presidente da Comissão, José Crespo, vinha defendendo desde o início, que 2016 fosse reservado para o aprofundamento dos debates, em todos os níveis, e qualquer mudança começasse somente em 2017, decisão encampada hoje pelo Governador.
Crespo reputa o ocorrido hoje a uma grande vitória do povo e da democracia, que deu uma surra no autoritarismo e na arrogância dos tecnocratas, e elogiou a garra e o sacrifício dos milhares de alunos e professoras, que estiveram durante semanas na linha de frente da resistência, sem se intimidarem.
Ontem (3) à tarde, o Ministério Público e a Defensoria Pública de São Paulo entraram com ação civil pública, que pedia que a reorganização das escolas estaduais fosse interrompida e que a Secretaria de Educação organizasse uma agenda de discussões com a sociedade sobre as mudanças. E a CPI conseguiu uma liminar, em Sorocaba, proibindo o prefeito Antonio Carlos Pannunzio de prosseguir com as modificações no Fundamental para 2016.
A gota d'água que derrubou a intransigência do Governador foi a divulgação, hoje, da pesquisa do Datafolha, que apontou a queda de popularidade do governador de São Paulo, com os piores resultados de sua gestão. Alunos, pais e professores realizaram protestos em todo o Estado, argumentando (corretamente) que o objetivo da reestruturação era somente financeiro.
"Vamos ver agora, nos próximos dias, se Pannunzio vai peitar sozinho o espólio dessa malfadada 'Reorganização', impedindo as matrículas na primeira série do nível Médio das escolas municipais, nesse caso concentrando nele e em Sorocaba todo o descontentamento popular", alertou Crespo.
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