27 de novembro de 2015

CPI da Merenda constata falta de alimentos nas escolas e vereadores poderão pedir intervenção do Estado no Paço



O caos no ensino municipal ampliou-se após o comunicado SEDU nº 57/15, assinado esta semana pelo secretário Flaviano Lima, que ordena cortar a jornada diária ou devolver as crianças para suas mães, sempre que estiver faltando comida para a merenda, o que tem acontecido quase que diariamente. Inconformados com aquele comunicado, os vereadores da CPI da Merenda fizeram diligências em várias unidades, na manhã desta sexta-feira (27).

O presidente da CPI, José Crespo, afirmou que os problemas da Prefeitura com a empresa prestadora do serviço, a ERJ, “já são antigos, recorrentes, sem que o prefeito tenha tomado as medidas necessárias para corrigi-la ou substituí-la. Fora o fato já demonstrado pela CPI, que existe um cartel criminoso por trás daquela empresa, pagando propinas mensais de mais de R$ 1 milhão para os agentes locais”.



Para Crespo, “a Prefeitura veio agora com esse vergonhoso comunicado, que é uma ‘confissão de incompetência’, ou um ‘atestado de conivência’, mandando as diretoras escolares recusarem as crianças nos dias em que não houver comida, ignorando os transtornos que isso causa às mães que trabalham e, portanto, não têm onde deixar seus filhos e nem mesmo como fazer a alimentação deles”.

Crespo e os colegas vereadores Izídio de Brito, Waldecyr Morelli e Luís Santos estiveram em diversos CEI's, para documentar esse descaso da Prefeitura, e farão encaminhamentos. “Um desses encaminhamentos poderá ser judicial, pedindo intervenção do Estado na administração municipal, por inépcia generalizada”, lamentou o presidente da CPI.

 

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