Infelizmente, o secretário municipal de Educação, Flaviano de Lima, patrocinou na tarde de hoje (13) alguns dos mais insólitos e deploráveis episódios do cenário político dos últimos tempos. Inicialmente, veio a público no início deste mês anunciando uma "Reorganização Escolar" que na verdade vai fechar classes, escolas e prejudicar milhares de estudantes e professores, o que naturalmente desencadeou uma onda de protestos.
A Câmara o convidou para uma audiência pública (dia 10), mas ele não compareceu. Diante da recusa dele em esclarecer o pretendido, foi criada uma CPI no dia seguinte (11), que o convocou para uma nova audiência hoje (13) às 14h. Tentando encontrar um subterfúgio, ele chamou uma outra reunião no mesmo horário e novamente não apareceu na Câmara.
Os vereadores esperaram mais de 30 minutos e quando souberam que ele estava no Getúlio Vargas, decidiram por unanimidade ir até o encontro dele lá, a fim de garantir a oitiva. Chegando lá, Flaviano se descontrolou e evadiu-se do local sem prestar as informações necessárias. Crespo tentou segurá-lo (foto), para trazê-lo ao bom senso, mas não conseguiu.
Sem a presença de Flaviano (novamente), os vereadores ficaram no local, ouvindo as manifestações das centenas de pessoas, pais de alunos e professores preocupados e revoltados com essa malfadada "Reorganização", e depois voltaram para a Câmara para redigir e assinar uma Representação Judicial pedindo, baseados em legislação federal, que ele seja condenado a encarar os representantes do povo, nos próximos dias, sob risco de prisão, documento que foi protocolizado no Fórum ao final da tarde.
"Lamentáveis as atitudes que esse secretário está tomando, fugindo do debate popular, provavelmente porque a estratégia dele era implantar os malefícios na surdina, neste final do ano, para escandalizar os pais e professores somente no início de 2017, quando já seria tarde", afirmou Crespo.
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