27 de setembro de 2013
O feitiço da ignorância coletiva
O conhecimento nos leva a percorrer caminhos desconhecidos, aqueles a que não estamos acostumados ou habituados permanentemente. Adquirimos, então, por meio da leitura e da informação, um despertar à reflexão, ao raciocínio e, logicamente, ao discernimento. Tudo isso contribui para a formação da opinião.
O saudoso poeta e jornalista gaúcho Mário Quintana, em seus célebres pensamentos, argumentou certa vez que “os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem”. É exatamente sobre isso que deixo, aqui, essa reflexão. Até que ponto somos capazes de compreender uma situação, um gesto, um contexto? Permanecemos reféns da dúvida ou seguros a ponto de palpitar, afirmando um posicionamento?
Ler significa abrir horizontes, divagar pensamentos e avultar ideias, sem comungar com certa jactância ou aviltes. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”, diria o grandioso Sócrates. Quais são os limites que estreitam nossos caminhos no campo do conhecimento?
Desde pequeno aprendemos que o conhecimento se adquire com o hábito da leitura. Dessa forma, nossos mestres nos impulsionam a gravitar por esse mundo de sonhos, fantasias, desejos e interesses. Tudo converge à compreensão dessa experiência prazerosamente saudável e necessária. E você, tem o hábito de ler?
Percebo que as pessoas cultas leem diariamente, seja um texto de jornal, internet, literatura clássica ou mesmo contemporânea. Já aqueles que não agem assim, dificilmente conseguem argumentos plausíveis e sustentáveis, que permitem corroborar com uma situação ou até mesmo refutá-la. A ignorância é péssima, em todos os sentidos.
Na política, quanto mais se lê, mais se aprende. E mais questionamentos fazemos sobre um determinado assunto quando dominamos a matéria. Essa é a nossa segurança. O conhecimento nos permite isso. O Brasil somente sairá da atual letargia mercadológica se os governantes impuserem a leitura e a alfabetização como marcas prioritárias de suas atas institucionais.
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