30 de julho de 2013

Exclusão social: Urbes não está atendendo mais de uma centena de deficientes




A Urbes – Trânsito e Transportes está se recusando a atender mais de uma centena de pessoas portadoras de deficiência, especialmente cadeirantes, numa atitude de exclusão social. Em resposta ao requerimento 1.649/13, do vereador José Crespo (DEM), a empresa pública admitiu que 103 pessoas, classificadas pela Secretaria da Cidadania, "aguardam o surgimento de uma vaga" (sine die) para serem inseridas nesse serviço público essencial. Alega que “estudos estão sendo feitos, considerando os custos envolvidos”, ou seja, não há qualquer garantia ou prazo de que serão atendidos. Trata-se de mais um caso em que os custos financeiros são colocados acima dos direitos constitucionais do cidadão deficiente.

Na opinião de Crespo, que criou esse transporte especial em 1990, quando foi presidente da Urbes, “é inadmissível que qualquer deficiente fique excluído". Regulamentado pelo Decreto Municipal 10.638/98, o transporte especial atende atualmente, segundo a Urbes, 631 usuários e 308 acompanhantes definidos por meio de determinação médica.

O serviço utiliza uma frota composta de 17 micro-ônibus, sendo operado pelas empresas concessionárias do transporte coletivo por 36 motoristas e dois auxiliares de logística. “Em vez de aumentar a frota, o que fosse necessário, a Urbes está ‘aguardando o surgimento de vagas’, ou seja, acomodada num teto que jamais foi ou poderia ser admitido”, desabafa Crespo.

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