24 de abril de 2013
Obra eleitoreira é cancelada e Árvore Grande fica sem escola
A Prefeitura de Sorocaba solicitou o rompimento amigável do contrato assinado com a empreiteira Azzi Engenharia e Comércio Ltda. para a construção do CEI 16, que seria erguido no bairro da Árvore Grande. Essa atitude foi motivada, oficialmente, pelo fato do engenheiro da Prefeitura haver "esquecido" de prever as paredes do prédio, no orçamento geral da obra.
A informação foi transmitida pelo diretor da Azzi, Luiz Rodrigues Pereira Netto, com documentos comprobatórios, durante o depoimento dele na CPI das Obras Atrasadas, esta semana.
Ele explicou que participou e ganhou a licitação, com o melhor preço, e o contrato foi assinado em 10 de setembro do ano passado, bem no meio do período eleitoral. Mas para iniciar a obra ele precisava da "ordem de serviço", o que inexplicavelmente foi sendo protelado, protelado, até a eleição e também depois dela. Aí veio a alegação do esquecimento das paredes e com ela, a decisão do cancelamento da obra e até da licitação. "Poderiam ter saneado a falha, aditando o contrato em apenas 5,45% (quando o máximo legal é 25%), e continuado, mas estranhamente, passada a eleição, a Prefeitura perdeu o interesse na escola", afirmou o presidente da CPI, vereador José Crespo (DEM).
Dentre as obras atrasadas, esse é um caso "sui generis". Se a escola não era necessária para atender as crianças da Árvore Grande, por que foi planejada e contratada? Se a escola era necessária, por que atrasar o seu início e agora cancelar tudo? São perguntas que não querem calar, mas que terão que ser respondidas à CPI nas próximas semanas.
Além dos custos de licitação já ocorridos e pagos pelo contribuinte, se o empresário não concordar com a rescisão do contrato, essa demanda judicial certamente acarretará mais atrasos e mais custos.
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