Tradicionalmente
no mês de julho, época de recesso escolar, o Governo do Estado de São Paulo
costuma dar um duro golpe no bolso do contribuinte: prepara o aumento da tarifa
de pedágio nas estradas paulistas. Essa obrigação contratual, absurda, assumida
nos tempos de Covas e com base no IGPM, é maior que a inflação geral e muito
mais do que o reajuste salarial do trabalhador.
O governo
contra-argumenta, afirmando que "o Estado de São Paulo tem as melhores estradas
do país..." Sim, isso é verdade, mas mesmo assim a relação "custo/benefício"
está desequilibrada. É mais um caso onde o ótimo passa a ser inimigo do bom
(veja o padrão da Dutra e da Fernão Dias: não é tão bom como o da Bandeirantes,
mas é bom o suficiente - e custa muito menos).
Importante
observar que no valor dos pedágios paulistas, além das despesas das
concessionárias, além do lucro das concessionárias, além de todas as obras
executadas, ainda está um repasse para os cofres estaduais (ônus das
concessões). Note bem: esse repasse vai para o Estado gastar em obras de
transportes fora dos contratos com as concessionárias; utiliza para pavimentar
estradas vicinais, obras de drenagem, etc.
Portanto, no valor dos pedágios paulistas
está, com certeza, um outro imposto disfarçado (atitude ilegal e
inconstitucional), para não dizer que os pedágios, na verdade, já são uma
bitributação, com relação ao IPVA. Procedimento vergonhoso adotado para camuflar
a tarifação do contribuinte.
Tal
artifício, caracterizado como imoral e inflacionário, acarreta “danos” ao
brasileiro, que está cansado e irritado de pagar tantos impostos.
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