11 de outubro de 2013

Lixo nosso de cada dia


O sorocabano foi pego de surpresa com a notícia de que a coleta de lixo no município ficará prejudicada com a rescisão contratual entre a Prefeitura e a empresa Gomes Lourenço, responsável pelo serviço. Todos querem saber o que será feito a partir de agora.

Aprovamos uma lei proibindo a importação de lixo, mas a exportação é algo possível. O grande problema é que uma hora ou outra podemos ficar na mão. Penso que toda cidade deveria ter o seu próprio local de descarte. O ideal seria uma usina de tratamento de resíduos, uma solução moderna e totalmente de acordo com a legislação ambiental.

Para isso, imagino que a melhor opção seria uma PPP (Parceria Público-Privada). A Prefeitura teria o controle da concessão, mas a operação seria feita de forma terceirizada. A Câmara já autorizou esse tipo de contrato.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, prevê a redução de resíduos, incentivando o aumento da reciclagem, juntamente com a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. O tratamento do material envolve etapas, como a coleta, separação do material reciclável, incineração dos não-recicláveis e o aterro dos resíduos do forno.

O local propício para a construção dessa usina de tratamento de resíduos é a Zona Norte, acima do rio Sorocaba. Inclusive nessa região, a América Latina Logística (ALL) informou, recentemente, que pretende implantar o novo traçado férreo, circunstância estrategicamente muito conveniente.

A boa gestão direciona esforços nesse sentido. De nada adianta fazer reuniões de planejamento se não houver competência administrativa. É impossível conter a produção de lixo; muito menos deixar de descartá-lo.

Enquanto uma política pública consistente não acontece, torçamos para que as vias da cidade não fiquem imundas e emporcalhadas, em decorrência da falta de atitudes dos agentes, em anos anteriores, que deixaram de fazer a coisa certa pelo povo.

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