O tráfico e o consumo desenfreado de drogas tornaram-se o maior problema social, também em Sorocaba. Em quase todas as famílias, atualmente, existe algum viciado, a caminho de conflitos, violências e do crime. Infelizmente, as autoridades e os governos continuam atônitos, inertes ou coniventes com essa escalada. Em razão disso, a existência de algumas ONG's lutando contra a corrente são uma esperança e uma boia no oceano.
A Lua Nova é uma dessas entidades, bem intencionada e atuante no campo do acolhimento e da "redução de danos" aos drogados, mas pouco atuante no campo da recuperação dessas pessoas e da proteção dos direitos humanos das vizinhanças que estão sofrendo as molestações cometidas diariamente por esses irmãos desajustados.
Várias casas foram alugadas, no centro da cidade e nos bairros, por essa ONG, com dinheiro público, para servirem de pousadas noturnas para a comunidade de drogados. Em vez disso, a ONG poderia ter alugado chácaras, fora dos núcleos familiares, para o tratamento e recuperação deles. Preferiu a "inclusão social", o que em tese é bom, mas desde que sejam respeitados os direitos das outras pessoas, não-drogadas. E isso não está acontecendo.
Preocupada apenas com o acolhimento e a "redução de danos" dos seus assistidos, a Lua Nova não se importa com o que eles fazem durante o dia, fora de suas pousadas. E os drogados, conforme a imprensa tem comprovado tantas vezes nos últimos meses, passam os dias perambulando pelas ruas, pedindo esmolas, cometendo pequenos assaltos e importunando todos os demais que cruzam o seu caminho.
Esse desrespeito chegou ao limite, principalmente na pousada Lua Nova localizada na rua Padre José Manoel de Oliveira Libório, no centro, quase em frente à entrada dos alunos do colégio Santa Escolástica. Os moradores e comerciantes já haviam reclamado que a Lua Nova controlasse e se responsabilizasse pelas atitudes dos seus assistidos, o que ela se recusou a fazer.
A gota d'água foi uma carta de socorro assinada pela madre Adriana Ribeiro, prioresa do colégio, em 4 de fevereiro último, motivada pelas reclamações dos pais dos alunos.
Essa insatisfação popular, das pessoas que pagam os impostos que estão sendo usados para custear tais abusos chegou aos ouvidos do prefeito Antonio Carlos Pannunzio no dia 11, que acertadamente determinou que a Lua Nova, já que não quer se responsabilizar nem pelo comportamento e nem pelo tratamento dos seus drogados, feche imediatamente a casa dessa rua, em proteção da vizinhança.
O vereador Crespo, a quem os moradores e comerciantes já tinham apelado, semanas atrás, cumprimenta neste ato o prefeito Pannunzio, por corajosamente haver feito a coisa certa.
Fechada essa casa, caberá à Lua Nova redistribuir aqueles assistidos pelas demais casas que mantém em outros lugares e revisar os seus procedimentos, passando a respeitar os direitos humanos dos não-drogados. "Todos temos direitos e devemos lutar por eles, mas o nosso direito termina onde começa o direito do nosso vizinho", observa Crespo.
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