17 de março de 2014

Segurança zero


Vivemos momentos frágeis na segurança pública. Parece que o ‘efeito Copa’, a onda de protestos anunciada em diversas regiões do país, com a finalidade de provocar tumultos e confusões contra algumas ações do Governo relacionadas ao Campeonato Mundial de Futebol, ganha dimensões que ultrapassam os limites da tolerância.

Em Sorocaba, a situação não é diferente. Vimos pelo noticiário dos últimos dias a confusão que se transformou o bairro Habiteto, na Zona Norte, após a ação da Polícia Militar, que culminou com a morte de dois jovens. Parece que tudo, nos dias atuais, converge para uma violência generalizada.

No mês passado também acompanhamos pela imprensa o roubo a um adolescente de 13 anos, no entorno da Escola Municipal Matheus Maylasky. Na ocasião, o crime aconteceu no corredor que dá acesso ao prédio, “do portão para dentro e em plena luz do dia”, como enfatizou a mãe do jovem à imprensa.

A falta de policiamento ostensivo em Sorocaba é percebida pela população, que não sabe mais a quem apelar diante de tanta inércia do Poder Público. Os bandidos, que perderam a vergonha há muito tempo, parecem querer desafiar diariamente o Estado e as autoridades. Temos a impressão de que são eles que mandam e nós obedecemos. Vivemos situações avessas àquelas que acostumávamos. Triste realidade.

No atual modelo de gestão, as incertezas se somam à corrupção acentuada que assola a nação. Sem um setor de inteligência adequado, que opere as ações policiais às margens da lei, e sem um módulo eficaz contra a bandidagem, ficaremos reféns do nosso próprio descompasso político.

Na medida em que a insatisfação popular aumenta, novos confrontos estão previstos para acontecer. O mundo inteiro está de olho no Brasil e na forma como lidamos com a questão. Se isso já é uma realidade, então por que não repensar as medidas de segurança? Se mudanças emergenciais não acontecerem, teremos novos momentos de terror.

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