19 de fevereiro de 2014

CPI do Lixo fiscaliza consórcio que opera a coleta em Sorocaba e encontra irregularidades em 31 caminhões




Vereadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades na coleta de lixo em Sorocaba fiscalizaram, na manhã desta quarta-feira (19), o consórcio que opera, emergencialmente, o serviço no município. Participaram da incerta o presidente da CPI, José Crespo (DEM), o relator, Carlos Leite (PT), e os colegas Francisco França e Izídio de Brito (ambos do PT). Trinta e um veículos foram verificados e apresentaram algum tipo de irregularidade; doze deles estavam encostados na oficina para reparos.

Os vereadores compareceram às 6h no pátio da garagem do Consórcio Sorocaba Ambiental (CSA), localizado na avenida Victor Andrew, 3.126, na Zona Industrial. Acompanhados de assessores, os parlamentares fizeram um ‘pente-fino’ em cada um dos 31 caminhões que estavam no local e anotaram os problemas verificados. A CPI também constatou a falta dos quatro veículos com tração 4x4, responsáveis por atuar na coleta de lixo em zonas rurais e de difícil acesso (pontos críticos).

Uma das irregularidades observadas foi a falta do sistema de ‘lifting’ em diversos veículos, ferramenta hidráulica responsável pelo basculamento dos contêineres para dentro do baú do caminhão, que auxilia a prensagem do lixo. Alguns coletores, que estiveram presentes no momento da incerta, relataram aos vereadores as dificuldades provenientes do problema, pois, segundo eles, são obrigados a levantar os contêineres “nos braços”. Crespo e os demais parlamentares viram, ainda, a falta de limpeza dos caminhões. Os próprios funcionários do consórcio asseguraram que os veículos “nunca foram lavados e higienizados”, conforme prevê clausura contratual.


Foram constatados, ainda, vazamentos de óleo hidráulico na maioria dos caminhões, além de pneus com desgaste excessivo, bancos rasgados, extintores de incêndios vazios ou vencidos e defeitos em compartimentos elétricos. Mas o que chamou a atenção dos vereadores foram os tanques para armazenamento do chorume (conhecidos como ‘cochos de confinamento’). A maioria deles estava cheio de dejetos, sem tampas, e com vazamentos, oferecendo risco à saúde pública e ao meio ambiente, pois o chorume acaba sendo derramado nas vias durante as coletas.

Tudo o que foi verificado pelos vereadores será relatado e apresentado na próxima oitiva da CPI do Lixo, agendada para a quinta-feira (27), às 14h, no Plenário da Câmara Municipal.

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