Vitor Lippi se recusou a cumprir a LRF

A sigla LRF significa "Lei de Responsabilidade Fiscal". Trata-se da Lei Complementar ("complementar" em relação à Constituição Federal) nº 101, de 4/5/2000. Portanto, coisa muito séria. No artigo 16, essa lei diz que qualquer "ação governamental que acarrete aumento de despesas, será acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro" para o ano em que entrar em vigor e também para os dois anos seguintes (no caso, 2010, 2011 e 2012). E o artigo 15 adverte que, se o artigo 16 não for cumprido, essa ação "será considerada não-autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio público" (é pouco?). Mas, infelizmente, foi exatamente o que o prefeito Vitor Lippi fez, acintosamente, com relação aos projetos (PL's 216, 217 e 219/2010) que criaram nada menos do que 1.415 novos cargos na Prefeitura e no SAAE, ao custo de (seguramente) milhões e milhões de Reais por mês, que serão pagos pelos Contribuintes (ou seja, por você internauta e por todos os demais cidadãos): ele recusou-se a escrever de quanto será o impacto. Quando a gente vai numa loja, interessado em comprar alguma coisa, a pergunta mais importante é: "quanto custa?" Pois é: neste caso, o vendedor (Lippi) amarelou, disfarçou e simplesmente recusou-se a dizer o preço! Foi como se ele respondesse: não se preocupe, é "baratinho", compre sem fazer perguntas e depois eu mando a fatura... E pior: a maioria dos vereadores achou isso normal, e aprovou esse trem (na sessão extraordinária de 20/5/10) sem pestanejar, torcendo para que o povo (oh povo, tadinho!) esqueça logo aquele momento deprimente. Cuidado, esse "povo" pode estar meio adormecido, até anestesiado, mas não está morto não.