Quando o Passe Social foi criado, há 20 anos, o critério adotado foi que ele custasse 70% (setenta por cento) do valor do Vale-Transporte.
Esse desconto de 30% era um subsídio para baratear a tarifa do transporte coletivo em Sorocaba.
Nada mais justo, pois a grande maioria de usuários compra e utiliza esse Passe Social.
Entretanto, nos últimos anos, durante o governo do prefeito Vitor Lippi, sorrateiramente, esse desconto foi diminuindo, diminuindo, até que atualmente não chega a 4% (quatro por cento).
Sim, o desconto atual do Passe Social é de apenas 3,4%.
Para calcular isso basta dividir o valor dele em Reais (R$2,85) pelo valor em Reais do Vale-transporte (R$2,95): 2,85 / 2,95 = 0,966 ou seja 96,6 por cento (e 100 - 96,6 = 3,4 % de desconto).
Se fosse para manter o critério dos 30% de desconto criado por Crespo, há 20 anos, quando ele era o presidente da Urbes, então o valor do Passe Social hoje seria 2,95 x 0,7 = R$2,06 ou arredondando, nada mais do que DOIS REAIS.
Até Curitiba, onde o nosso sistema de transportes foi inspirado, atualmente cobra R$2,50 - bem menos do que os R$2,85 cobrados pelo prefeito Vitor Lippi.
E a "desculpa" que o prefeito custuma dar, nessas épocas, de que "foi obrigado" a aumentar em razão da greve dos motoristas, não passa de mais uma de suas balelas, pois em todas as cidades de médio porte, como Sorocaba, o salário desses profissionais segue os mesmos parâmetros - mas as tarifas são menores.
E o Projeto de Lei 496/10, elaborado por Crespo, que pretendia resgatar esse desconto de 30% no Passe Social, foi rejeitado na sessão de 21/6/2011, pela maioria adesista na Câmara Municipal, numa demonstração de que a maioria dos vereadores "não está nem aí" com isso: o que vale mesmo para esses é a troca de favores com o prefeito.
Acorda, Sorocaba.