Colegas rejeitam Emenda de Tempo Integral

Na sessão de 7 de Julho, na Câmara Legislativa de Sorocaba, os colegas rejeitaram a Emenda de Crespo ao projeto de lei 155/2009 (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que pretendia priorizar a ampliação da quantidade das escolas municipais ou municipalizadas que oferecem atividades em tempo integral aos alunos, no nível Fundamental. Embora Crespo, na tribuna, tenha deixado muito claro que essa emenda, caso aprovada, não imporia nenhum gasto financeiro pois essa questão seria então levada à discussão orçamentária, os colegas cederam ao comando da Prefeitura no sentido de deixar isso "mais para a frente". "Para alguns políticos, infelizmente, parece que prevalece o adágio "nunca faça hoje o que você pode deixar para amanhã", lamentou Crespo. A questão é: será que a Educação pode continuar esperando atitudes concretas? Somente discursos bastam? Em todos os países do "primeiro mundo", a escola em tempo integral já é uma realidade há mais de um século: durante o dia todo, além das aulas propriamente ditas, os alunos passam tempo na biblioteca, fazem esportes, artes, música, teatro e atividades lúdicas. Aqui, boa parte dos adolescentes fica poucas horas na escola, em ambiente negativo, desmotivado, muitas vezes violento, depois são mandados para casa, quando tanto o pai como a mãe estão trabalhando fora, ficando portanto sozinhos ou pior, nas ruas, sujeitos a más companhias, às drogas, ao crime. Será que estamos todos "anestesiados" diante do descalabro em que se transformou a escola pública?